Unidade Brigadeiro

R. Cincinato Braga, 340 - 6º Andar - Bela Vista, São Paulo - SP, 01333-011

Unidade Vila Mariana

Rua Domingos de Morais, 2781 - 14° andar - Vila Mariana, São Paulo - SP, 04035-001

Unidade Angélica

Avenida Angélica, 2491 - 9° Andar - Consolação, São Paulo - SP, 01227-200

(11) 95325-9742

Atendimento pelo Whatsapp

EPILEPSIA (CONVULSÃO)

Inicialmente, é importante diferenciarmos a epilepsia de crise convulsiva. A epilepsia decorre da atividade neuronal excessiva do cérebro, isto é, ocorre uma hiperexcitabilidade neuronal geralmente súbita e transitória. Esta alteração pode ser decorrente de causas genéticas / hereditárias, como alterações específicas em genes responsáveis pelo correto funcionamento cerebral, ou mesmo ser decorrente de lesões estruturais, isto é, lesões no cérebro que levam ao mau funcionamento destes neurônios, como no caso de tumores, AVC ou trauma. Nesse caso, a presença destas alterações implica em alto risco de recorrência de uma crise convulsiva, configurando uma epilepsia. Entretanto, alguns casos permanecerão sem causa definida mesmo após investigação.

A crise convulsiva pode assumir várias formas, sendo a convulsão caracterizada por perda de consciência, abalos musculares, postura tônica, salivação, mordedura de língua ou lábios e perda de urina ou fezes. Eventualmente, pode haver outras manifestações de crise convulsiva que nem sempre serão fáceis de ser identificadas por um leigo, como pequenos sustos (mioclonias), ataques de queda súbitos, ou olhar vago com perda de contato com o meio externo.

A epilepsia, por sua vez, é uma doença neurológica caracterizada por crises convulsivas (ou epilépticas) recorrentes, espaçadas em mais de 24 horas, não provocadas (sem fator causal) ou crise não provocada associada a um risco elevado (> 60%) de recorrência. Quando é identificado um fator causal, a crise convulsiva é chamada de sintomática, pois há uma outra condição que originou a crise, não sendo, portanto, o mesmo que epilepsia. Ou seja, ter uma crise convulsiva na vida não é o mesmo que ter epilepsia, pois existem outros fatores que podem desencadear uma crise.

Dentre os fatores causais, é importante descartar:
• Lesões estruturais: por exemplo, tumores, traumas, AVC agudo.
• Fatores infecciosos: febre em crianças, meningites.
• Fatores tóxico-metabólicos: intoxicação por álcool, distúrbios eletrolíticos (sódio, cálcio), alterações da glicemia, uso de medicações.

Além disso, outros fatores podem desencadear o surgimento de uma crise epiléptica, como privação de sono, jejum prolongado (hipoglicemia), qualquer quadro infeccioso (reduz o limiar convulsivo, isto é, torna mais fácil causar uma convulsão), luzes piscando, estresse emocional, gestação.

O diagnóstico de epilepsia deve ser feito após uma história clínica e exame físico detalhados, valendo-se do uso de exames de imagem como a Ressonância Magnética de crânio e do Eletroencefalograma para identificar, respectivamente, se há lesão estrutural ou alguma anormalidade na atividade elétrica cerebral.

O tratamento da epilepsia consiste em orientar paciente e familiares quanto aos gatilhos das crises convulsivas, medidas para preveni-las e uso de medicações. Em geral, tem boa resposta com medicações anticonvulsivantes, havendo bom controle. No entanto, cerca de 30% dos pacientes necessitarão de mais de uma medicação e, em casos mais complexos, de cirurgia.

Dentre as medidas de orientação para quem presenciar uma pessoa com convulsão, é importante que siga as recomendações seguintes:
• Deitar o paciente no solo e manter o rosto de lado para evitar engasgos com a saliva;
• Proteger a cabela do paciente;
• Jamais por a mão dentro da boca do paciente;
• Evitar aglomeração de pessoas ao lado do paciente;
• Fique ao lado do paciente e peça para alguém buscar auxílio médico (chamar o SAMU).

É imprescindível que seja feito acompanhamento médico regular com o neurologista para acompanhar evolução do quadro, se há controle adequado das crises, dar as devidas orientações, observar tolerância ao tratamento proposto, tratar outros problemas comumente associados, como ansiedade e distúrbios do sono e garantir a adesão do tratamento medicamentoso, garantindo que não lhe falte receita para continuidade do tratamento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Enviar mensagem