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TONTURA

Queixa bastante frequente em pronto-socorro, a tontura se manifesta de várias formas, podendo corresponder a um sinal ou sintoma de doenças diversas. Por essa razão, deve ser sempre avaliada com cautela através de uma anamnese (história clínica) e exame físico detalhados para então diagnosticar e tratar adequadamente a causa.

A tontura pode ser referida de várias maneiras pelo paciente, podendo corresponder a um desequilíbrio, sensação de mal-estar (dando a impressão de que vai desmaiar ou cair, também chamado de pré-síncope), sensação de flutuação ou uma ilusão de que o corpo ou objetos estão girando ao nosso redor (chamado de vertigem), ou mesmo sensações subjetivas (“cabeça vazia”), além de estar associada, por vezes, a outros sintomas, como enjoos e vômitos, zumbido, sensação de perda de audição, alteração do nível de consciência, dor de cabeça, vista dupla, entre outros sintomas, como fraqueza muscular por exemplo.

Diante disso, é importante observar o tempo de instalação e duração da tontura, isto é, se trata de um quadro agudo ou progressivo e se demora segundos, minutos, horas ou dias. Também é importante identificar se há gatilhos que desencadeiam a tontura, como relação com alimentação, esforço físico, mudança postural ou ao girar a cabeça, uso de medicações, entre outros.

Você sabia? Vinte e cinco por cento dos casos de vertigem no pronto-socorro tem como causa um acidente vascular cerebral e esse número assume maior relevância quando falamos de pacientes com mais de 60 anos, hipertensos, diabéticos e cujo quadro tem início agudo, isto é, menos de 48 horas. Outras causas de origem central, como tumores, também podem desencadear tontura.

Apesar disso, em nosso meio, problemas no labirinto são as causas mais comuns de tontura, sendo caracterizados como tontura de origem periférica. A causa mais comum é a Vertigem Posicional Paroxística Benigna, conhecida como VPPB, podendo responder por até 50% dos casos de vertigem.

A VPPB é, com frequência, chamada erradamente de “labirintite”, que, na verdade, é uma condição incomum e se caracterizaria por uma inflamação ou infecção no labirinto. Nosso labirinto possui cristais de cálcio que dão informações sobre nosso equilíbrio. A VPPB ocorre quando alguns destes cristais se desprendem e ficam soltos dentro do nosso labirinto. Quando estão soltos, eles passam uma informação errada para nosso cérebro, e isto leva à sensação de tontura. Geralmente, os sintomas são de curta duração e desencadeados por movimentos rápidos da cabeça, como deitar-se e levantar-se da cama, inclinar a cabeça para trás ou para frente ou mesmo girá-la para os lados. No entanto, embora seja um quadro autolimitado, pode recorrer e durar até semanas a alguns meses. Costumam levar a tonturas incapacitantes e até com risco de queda. O melhor tratamento para a VPPB é feito com manobras que reposicionam os cristais no lugar correto, resolvendo a tontura, podendo ser realizadas pelo médico após o diagnóstico realizado em consulta.

Vale lembrar que doenças sistêmicas ou em outros órgãos do corpo podem se manifestar com tontura. Podemos citar: hipertensão arterial, diabetes, distúrbios hormonais, problemas ortopédicos (artrites, artrose), problemas visuais e até alguns medicamentos.
Como vimos, as causas são diversas, o que requer uma investigação individual, pois podem ser necessários exames complementares para chegar ao diagnóstico e tratamento adequados e só seu médico poderá ajudar.

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